Kruger Park – Como Foi Minha Experiência

No post anterior eu falei sobre Como Chegar ao Kruger. Agora eu vou contar como foi minha experiência por lá.

A viagem de Joanesburgo até o Kruger Gate (por onde chegamos) foi tranquila, apesar de um tanto quanto longa, principalmente por estar dirigindo na mão inglesa e ainda não completamente acostumado a isso. A estrada é boa (possui pedágios, como eu já disse) e apenas os 30 últimos quilômetros são de pistas menos cuidadas.

Quando o GPS mostrou que faltava pouco pra chegar ao portão do parque ficamos muito ansiosos com o que nos aguardava.

A chegada ao Kruger Gate é antecedida por uma ponte sobre um rio, que dá todo um charme ao local. Demos uma paradinha antes do portão para uma selfie, lógico.

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Entrada do Parque (Kruger Gate)

Ao chegar ao portão, mostrei meus papéis de reserva ao guarda, que gentilmente abriu a cancela e me direcionou para o estacionamento onde deveria parar o carro e levar a papelada ao escritório onde uma senhora conferiu tudo e carimbou outros. Ela também me deu um mapa do parque e algumas recomendações quanto à velocidade máxima nas estradas internas e horários de fechamentos dos portões.

Depois do OK de toda a papelada, voltamos ao carro e começamos a jornada ate o acampamento Skukuza. Logo nos primeiros quilômetros ouvi um grito histérico de uma das meninas: ela havia avistado um elefante! Imagina a nossa euforia!! Estar ali, naquele lugar totalmente selvagem, e avistar um dos Big 5! Senti-me num documentário do Animal Planet!

Seguimos por mais um tempo na estrada, ao som de ~Waka Waka~ até o portão de Skukuza. Fomos orientados a procurar a sede administrativa, que fica logo na entrada do acampamento.

O Skukuza é o maior acampamento do Kruger e o que conta com mais suporte, inclusive um posto de combustível e locadora de veículos. Lá na administração fizemos nosso check-in e recebemos todas as orientações relativas aos passeios (games) que faríamos, inclusive um formulário que deveria ser preenchido e entregue ao motorista/guia em cada um deles.

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Apreciando a vista

De lá, partimos para a nossa hut, uma espécie de cabana com uma varandinha e um banheiro privativos. Ela também conta com uma churrasqueira na parte externa, e muitas famílias fazem churrasco mesmo (você pode comprar carvão e carnes no próprio acampamento), mas nós preferimos fazer as refeições no restaurante do parque.

O restaurante é muito bom e os preços são justos. Para quem quer algo mais rápido, existe um take away onde você pode escolher seu lanche e comer ali mesmo ou levar consigo.

Como estávamos cansados, pegamos um lanche e comemos na cabana, pouco antes de descansarmos um pouco antes do primeiro safári: um night drive que começaria às 22:00 horas.

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Nos apresentamos às 21:30 horas à nossa guia, uma senhora bem simpática que explicou como seria o passeio: “tudo o que virmos será uma benção” disse ela. É assim mesmo, não há garantias de ver nenhum animal, e tudo depende dos próprios animais e da percepção do guia e das outras pessoas do grupo (cerca de 20 por caminhão), que são instruídas a avisar se avistarem algum animal. A guia também ensina como usar as lanternas que são fornecidas (uma de cada lado do caminhão).

Esse foi o passeio em que menos vimos animais.

Na volta ao acampamento eu já estava com bastante sono. Chegamos na nossa cabana, tomei um banho e dormi antes mesmo de cair na cama.

O segundo dia começou bem cedo. Às 04:30 nos apresentamos no local combinado para iniciar nosso segundo passeio. Este passeio é uma experiência incrível, porque você faz uma caminhada no meio da selva.

Antes da caminhada, os participantes (o grupo é composto de apenas 8 pessoas +2 guias) são levados até um determinado local num veículo aberto. Ao chegar no local, os guias carregam seus rifles e instruem aos participantes como devem se comportar: é preciso ficar em silêncio, obedecer a tudo os que os guias disserem e jamais tentar correr.

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Os guias saem na frente, seguidos pelo restante em fila indiana. Caso os guias avistem algum animal, eles param e explicam sobre os hábitos do mesmo, mesmo que sejam cupins ou formigas. Também explicam sobre as plantas nativas da região. É uma verdadeira aula.

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Apesar de termos visto poucos animais (vimos zebras, gnus, impalas, suricatos, uma tartaruga tigre e waterbucks – um tipo de antílope que só vive próximo a mananciais) foi a experiência mais marcante dos nossos dias no parque, pois a sensação de caminhar na selva é única.

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Ah! Durante o passeio há uma pausa para um lanche: suco, frutas e carnes desidratadas e alguns biscoitos. Voltamos então para o veículo e chegamos no acampamento cerca de 09:30 da manhã.

Para quem está no parque o dia é livre. Você pode passear com seu carro pelas estradas (seguindo, claro, as recomendações do parque), curtir a piscina ou fazer compras nas lojinhas. Em nosso caso, nós precisávamos descansar, antes que qualquer coisa.

Às 13:00 almoçamos e ficamos interagindo com alguns macacos dentro do próprio acampamento. Eles são bem medrosos, mas quando ganham confiança podem te atacar para tentar pegar sua comida. Então, cuidado. Vimos também uma mamãe Javali passando com seus filhotes, e foi impossível não lembrar do Pumba!

Às 15:30 nos encontramos novamente no meeting point para o nosso terceiro passeio: Sunset Drive. Dessa vez saíram dois caminhões com um grupo bem grande, mas nos separamos após a saída dos portões do acampamento.

Há muitas estradas dentro do parque e as possibilidades são inúmeras! A tarde estava linda e vimos muitos elefantes nesse dia, inclusive uns bem nervosinhos que estavam brigando e quase atacaram nosso veículo!

Assistimos a um pôr-do-sol maravilhoso e fomos noite adentro, avistando alguns animais de hábitos noturnos. Voltamos ao acampamento por volta das 19:30 e fomos jantar no restaurante, um belo prato por sinal. Afinal, merecíamos!

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Hummmm!

O próximo, e último passeio, foi um Sunrise Drive, que funciona no mesmo molde do Sunset Drive, porém inicia de madrugada. O dia amanheceu chuvoso e pensamos seriamente em desistir, achando que não veríamos muitos animais. Mas animamos uns aos outros e fomos. Ainda bem! Foi o dia em que mais vimos animais: hipopótamos, elefantes, girafas, búfalos, babuínos e o majestoso kudu, o animal símbolo dos Parques Nacionais da África do Sul.

Voltamos para nossa cabana, arrumamos tudo, tomamos nosso desjejum e pegamos nosso carro para ir em busca de novas aventuras, fora do Kruger. Antes da nossa saída ainda fomos presenteados com um grupo de girafas que se alimentavam calmamente à beira da estrada.

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Dicas:

  • Muito cuidado e atenção às regras do parque. Elas são importantes para a sua segurança e a dos animais também;
  • Respeite os animais, pois você está entrando na casa deles. Cuidado principalmente com animais com filhotes, pois eles podem ser muito agressivos para defender sua cria;
  • Evite ficar parado muito tempo quando estiver em “self drive”, ou seja, dirigindo seu próprio veículo. Hienas e outros animais costumam morder os pneus dos carros;
  • Nunca saia do veículo e mantenha sempre as janelas fechadas;
  • Atenção aos horários de fechamento dos portões do parque e dos acampamentos;
  • Seja bem observador e olhe bem em volta. Avise ao guia se avistar algo, mesmo que seja só impressão sua;
  • As cabanas do Kruger (pelo menos a que eu fiquei) têm poucas tomadas. Leve adaptadores ou compre na loja de conveniência. Você vai precisar para carregar seus equipamentos;
  • Para saber como reservar sua estadia e os passeios no parque, veja o post que eu escrevi sobre Como Chegar ao Kruger Park.

Um abraço!

Calebe Sangi

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